terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sindicato de São Paulo afirma que crise não afeta bancos brasileiros.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo vinham segurando a greve desde o final de setembro, e polemizavam com a Oposição/MNOB que não havia problemas com a crise que vinha se desenvolvendo no cenário internacional.

Agora, os banqueiros já estão afirmando que a crise chegou no Brasil. Há boatos de uma forte queda nos papéis do Unibanco e do Safra, o que poderia esta dificultando, inclusive, o acordo da campanha salarial na Fenaban.

O próprio governo está jogando bilhões no mercado para tentar amenizar os efeitos da crise, antes que haja um processo de quebradeira no sistema financeiro nacional.

Mas, o Sindicato continua a afirmar que não há problemas com os bancos brasileiros porque estes estão com seus ativos ligados aos papeis nacionais.

Com esse posicionamento, o sindicato não ajuda os trabalhadores a se prepararem para a crise, fazem um discurso igual ao de Lula e manobram a situação para conseguir um acordo melhor na campanha salarial.

O MNOB não concorda com isso, em nossa opinião é preciso debater os problemas de forma séria e preparar a categoria para a grande crise que está vindo. Evidente que não podemos passar um quadro de terror, mas é preciso esclarecer a real situação e cobrar dos responsáveis que paguem pela crise.

O sindicato também não pode esconder o fato de o governo estar dando tento dinheiro ao mercado. Coerente com sua visão de que tudo vai bem no mundo dos negócios, o sindicato afirma que os bancos vão especular e ganhar mais com o dinheiro liberado pelo governo.

Se isso é verdade (e isso faz sentido) o sindicato deveria estar exigindo do Lula que não desse dinheiro para socorrer os especuladores e que fizesse uma estatização do sistema financeiro.

Mas, este é o problema do sindicato e da CUT. Sua ligação com o governo Lula o impede de fazer uma política coerente que prepare os trabalhadores para a crise e que fortaleça a luta pelos direitos.

Nenhum comentário: