sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A greve pelo país

São Paulo

A assembléia de ontem (16/10) foi invadida por gerentes da CEF e do BB que vieram “a paisana” para não serem identificados. Foram orientados a tirar a gravata e os paletós.

Essa postura escrota demonstra a má intenção que estavam tendo ao vir participar de uma assembléia de greve, sem estar participando da greve. Obvio que eles também não tinham nenhuma intenção de acatar a decisão da assembléia.

Para decepção da gerentada e alegria dos grevistas, o sindicato utilizou de sua tradicional falta de democracia e “atropelou” a base informando que o Comando Nacional já havia rejeitados a proposta e que não tinha mais nada que discutir, mantendo a greve e marcando nova assembléia para a segunda feira 20/10.

Piauí

No Piauí, a assembléia de ontem (16/10), contou com cerca de 150 pessoas e aprovou por unanimidade, a continuidade da greve.

Aqui, o nível de adesão é fortíssimo, principalmente na CEF, sendo muito bom também nos privados, onde estamos tendo problemas com a polícia militar no Bradesco, desde o começo da greve. Porém a direção do sindicato negociou com o banco, e desde ontem, apenas 03 colegas entraram na agência, funcionando muito precariamente.

Há uma vontade na base de fazer greve, fruto da precarização das nossas condições de trabalho e do arrocho salarial.

Há bancos, o Real por exemplo, no qual para manter a greve, precisa de apenas uns, às vezes até só um diretor/ativista na porta dos bancos.
Porém a maioria dos grevistas fica em casa, não aparecendo nos piquetes. Amanhã , 17/10, Há a possibilidade de fazermos um apitaço em frente à Superintendência do BB.

Curitiba

Desde o início da greve, hoje foi o dia em que os bancários compareceram em maior quantidade, em torno de 700 pessoas.

A assembléia de ontem (16/10) foi rápida, após os informes relâmpagos, aprovamos por ampla maioria a continuidade da greve, proposta pelo sindicato.

O sindicato conseguiu anular a liminar concedida ao Bradesco, único banco fora da greve, sem piquetes, sem faixas e amparado na multa diária imputada ao sindicato, no valor de 70 mil/hora, em caso de desobediência.

Hoje (17/10) vai ter greve na "Senzala Vermelha".

Ao contrário de outros anos, as nossas assembléias têm sido rápidas. Ontem, na entrada visualizamos crachás que são distribuídos para votação. Rapidamente foram engavetados, provavelmente, porque mediram o ânimo dos bancários em continuar a greve.

Distribuímos texto prevenindo o pessoal para um possível golpe, em razão do ACORDÃO do sindicato de SP com o TRT.

Nosso jornal tem 100% de aceitação, principalmente depois que distribuímos o jornal do MNOB sobre a campanha, na semana passada.

Um membro do sindicato chamou o jornal de "jornaleco", com isso, deram um tiro no pé, porque os presentes protestaram e fizeram fila para pegar o jornal, teve uns que se prontificaram em nos ajudar a distribuir.

Hoje, quando chegamos com o panfleto, muitos levantaram a mão para pegar.

Precisamos nos manter unidos para mantermos o movimento, como temos pouco espaço nas assembléias, o jeito é produzir e distribuir o material, esclarecendo, orientando e protestando.

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