quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Informes da greve pelo país

Greve em Santos

A assembléia que deflagrou a greve em Santos, no litoral paulista, tinha cerca de 150 bancários, o que significou uma boa presença.

A greve atingiu com força a Caixa Econômica Federal e mais parcialmente o BB. Nos privados e na Nossa Caixa ela está mais fraca.

Greve em Campinas

Em Campinas paralisação no BB e na CEF está muito forte. A categoria estava preparada para fazer a greve desde o dia 30, mas o sindicato impediu isso.

No BB os Gerentes de Contas estão relutantes em aderir mas os Assistentes, Caixas e PE estão aderindo sem esforços do sindicato. Os delegados do BB e CEF estão bem atuantes e hoje a greve expandiu bastante pros bairros e algumas cidades em torno, a CEF sempre parando sozinha e BB com os delegados.

Também há dificuldade em colegas irem aos piquetes ajudar. Os privados estão parando com sindicato na porta, mas Itaú, Real e Santander param com facilidade. Bradesco e Unibanco uma desgraça. O sindicato também conseguiu uma liminar contra Bradesco com multa de 50 mil por dia e por bancário, em situações de assedio que conhecemos. O duro é ter dados concretos. Mas ontem agencia Bradesco centro parou a dia todo e foi um aué! E mais 6 agências do Bradesco pararam parcialmente, até 12h e 14h mais ou menos.

Greve no Rio Grande do Norte

A greve no RN atingiu o pico esta semana. Na capital estão fechadas todas as agências dos bancos públicos (BB, CE e BNB), a exceção de 1 agência do BB que está parcial. Os bancos privados estão sendo paralisados todos os dias, mas a cada dia o sindicato para um banco, fechando todas as agências desse banco (hoje é dia do ABN).

No interior, a CEF está com 100% de paralisação e o BB com 50%. O BNB e os privados não estão paralisados.

Greve aumentou em Brasília

No dia 08/10, a greve teve uma adesão maior, se fortalecendo ainda mais. No BB há uma forte paralisação nas agências e o problema está localizado nos edifícios Sede I e II.

Na CEF a greve está mais forte ainda.

Rio de Janeiro retoma a greve com força

Depois da traição do sindicato, que desmontou a greve do Rio de Janeiro no último dia 01/10 convidando os fura-greves para participar da assembléia e defendendo junto com eles a suspensão da greve no Rio de Janeiro, foi retomado o movimento neste último dia 08.

A greve está muito forte na CEF e com alguns problemas no BB. Nos bancos privados está fácil parar, mas não há piqueteiros para fechar os bancos, o sindicato está concentrado no centro da cidade e os bancários não estão comparecendo nos locais de trabalho.
Na assembléia do dia 07 foram aprovadas as seguintes propostas:

- uma desautorização à Contraf/CUT assinar qualquer acordo que não garanta o abono dos dias de greve A TODOS OS BANCÁRIOS em greve desde o dia 30/09
- que as assembléias são organizativas até que surjam propostas. Com 1 dia para a categoria discutir a propostas especifica.
- ato no domingo, dia 13/09, em frente ao Teatro Municipal do Rio, quando estará se realizando a festa de 200 anos do BB.

- eleição de um comando paritário entre o sindicato e a oposição ( 5 para cada lado) para condução do movimento.

São Paulo tem greve forte na CEF

A CEF é a vanguarda da greve, com muitas unidades fechando sozinhas, sem precisar de ajuda de fora. É uma greve mais forte do que no ano passado.

No BB saiu uma greve parcial, ainda que ela possa crescer mais, dependendo do aumento dos piquetes.

Nos privados há muita disposição de parar, mas não há piquetes na maioria dos locais, que ficam abandonados com cartazes e adesivos de greve, mas sem nenhuma mobilização.

Na assembléia do dia 08 foram aprovadas duas propostas importantes:

- um Ato na porta da Bolsa de Valores para cobrar dinheiro para os bancários e não para os banqueiros, e que possa colocar a greve com mais força na mídia;

- participar do Ato no Rio de Janeiro que será realizado pelos bancários no próximo dia 12/10 na comemoração dos 200 anos do Banco do Brasil;

Ficou para discussão e votação no dia seguinte a eleição de representante de base para participar das negociações;

Um comentário:

Neto disse...

A greve deve ser encarada pelos trabalhadores como um momento de luta e seriedade, além de ser feita pelo motivo que não nos restou outra opção. Por outro lado, devemos encará-la como um movimento de confraternização, onde revemos amigos, fazemos passeatas, discursos. Vamos procurar, apesar dos problemas que este movimento trás, nos divertir também: fazer festas, músicas, apitasso na frente das agências.
Camisetas com o slogan SÓ VOLTO NOS 13%. Animo pessoal, somos fortes e vamos a luta sem desanimar.